80% dos brasileiros concordam que criptomoedas deveriam ter mais regulamentação

Uma recente pesquisa conduzida pela Sherlock Communications revelou que quase 80% dos brasileiros estão a favor de uma maior regulamentação em relação às criptomoedas no país. O estudo, que abrangeu 827 respondentes no Brasil, entre usuários e não usuários de criptomoedas, também destacou a crescente adoção desses ativos na região e a percepção positiva sobre a tecnologia blockchain.

Os resultados da pesquisa indicam um aumento significativo no investimento em criptomoedas na América Latina, com 19% dos entrevistados relatando investimentos nesses ativos. No Brasil, esse número saltou para 24%, representando um aumento de 71% em relação ao ano anterior.

Entre os motivos citados para investir em criptomoedas, a maioria dos brasileiros mencionou a necessidade de guardar dinheiro para o futuro (45%) e a visão das criptomoedas como uma forma de complementar seus ganhos (35%). No entanto, 49% dos não investidores afirmaram que ainda não entendem o suficiente sobre o assunto para ingressar nesse mercado.

Além do interesse em criptomoedas, a pesquisa também revelou uma visão positiva sobre a tecnologia blockchain no Brasil. Cerca de 59% dos entrevistados acreditam que o blockchain pode revolucionar a forma como os governos mantêm registros de saúde, enquanto 58% veem seu potencial para impactar positivamente comunidades subdesenvolvidas.

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Quanto às Moedas Digitais de Bancos Centrais (CBDCs), 74% dos brasileiros acreditam que essas iniciativas podem otimizar os pagamentos e reduzir a burocracia. No entanto, ainda há uma lacuna de conhecimento, com 65% admitindo não entender completamente o conceito de CBDCs.

Apoio à regulamentação

Um dos pontos mais destacados pela pesquisa foi o forte apoio à regulamentação das criptomoedas no Brasil. Cerca de 78% dos entrevistados concordaram que mais normativas direcionadas aos criptoativos são necessárias, enquanto 68% discordaram de medidas que possam restringir sua adoção.

Desde meados do ano passado, o Brasil possui legislação específica para ativos virtuais, com o Banco Central atuando como organismo regulador. A recente consulta pública promovida pelo banco demonstra o esforço contínuo para desenvolver uma regulamentação abrangente para o setor.

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