Câmara aprova urgência para projeto sobre segregação patrimonial de exchanges
Câmara aprova urgência para projeto sobre segregação patrimonial de exchanges
Economia

Câmara aprova urgência para projeto sobre segregação patrimonial de exchanges

Na última terça-feira (27), a Câmara dos Deputados aprovou um regime de urgência para um projeto de lei que estabelece regras mais rígidas para as empresas que lidam com criptomoedas no Brasil.

A proposta exige que as transferências de dinheiro entre investidores e empresas ocorram por meio de contas individuais, em vez de contas coletivas, conhecidas como contas-ônibus.

Além disso, o projeto versa sobre a segregação de valores entre investidores e empresas, tópico de ficou de fora da Lei 14.478, que regulamenta as operações com criptomoedas no país.

Aprovada em 2022, a lei passou a exigir, entre outras coisas, a obtenção de licença para “prestador de serviços virtuais” para empresas. Além disso, estabeleceu o novo crime de estelionato especializado em ativos virtuais, com pena entre 4 e 8 anos e multa.

Segregação patrimonial volta aos holofotes

Mas a Lei recebeu críticas porque não determinou a segregação patrimonial para empresas de criptomoedas. Esse mecanismo, em resumo, prevê a separação do patrimônio dos investidores e das próprias exchanges, garantindo que as empresas não usassem os valores dos clientes. Portanto, é uma forma de proteger os recursos do investidor.

Agora, o novo projeto, apresentado no ano passado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou crimes envolvendo ativos digitais, pode regulamentar esse aspecto. A proposta visa aumentar a segurança dos investidores e evitar a lavagem de dinheiro.

Com a aprovação da urgência, o projeto poderá ser votado de forma mais rápida a segregação patrimonial. Durante a tramitação, o deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), que presidiu a CPI, defendeu a proposta, destacando a importância de proteger os investidores e garantir a segurança dos recursos nas corretoras de criptoativos.

“Nós temos no Brasil mais de 4 milhões de pessoas lesadas, que perderam recursos porque investiram em criptomoedas sem a garantia necessária desse investimento. E é necessário que o Brasil avance nessa legislação de segregar o patrimônio, separando o que é dinheiro dos clientes do que é dinheiro das corretoras. Nós queremos que as corretoras de criptoativos tenham também a segregação patrimonial para garantir os recursos dos seus clientes”, disse.

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