Irina Dilkinska, ex-chefe do Departamento Jurídico e de Conformidade da OneCoin, além de advogada do esquema, recebeu uma pena de quatro anos de prisão. A sentença partiu do juiz Edgardo Ramos e foi confirmada por Damiam Williams, procurador dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York.
Esta é a segunda condenação ligada ao esquema da OneCoin em 2024. Conforme noticiou o CriptoFácil, Mark Scott, ex-advogado do esquema de pirâmide, também recebeu uma pena de quatro anos de prisão no final de janeiro.
Golpe OneCoin: advogado interno encarrega pena de prisão
Damian Williams, procurador dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, anunciou a condenação de Dilkinska. Com isso, ele confirmou o veredito proferido por Ramos, que atestou a participação de Dilkinska no esquema.
Como representante legal da empresa, as autoridades dos Estados Unidos reconhecem o papel que Dilkinska desempenhou no esquema. De acordo com Williams, Dilkinska preferiu violar a lei e ajudar a empresa a cometer diversos crimes.
“Em vez de defender a lei e abraçar a sua posição como Chefe do Departamento Jurídico e de Conformidade, ela facilitou e cometeu lavagem de dinheiro, ajudando na exploração de milhões de vítimas”, acrescentou o procurador.
A OneCoin surgiu na Bulgária em 2014 e teve como fundadores Ruja Ignatova e Karl Sebastian Greenwood. Ambos eram casados e criaram a OneCoin com o objetivo de captar supostos investimentos que pagavam juros em criptomoedas. Mas não demorou muito para que a empresa se revelasse um golpe.
De acordo com o tribunal, a OneCoin chegou a captar mais de US$ 4 bilhões, sendo um dos maiores golpes da história. O esquema começou a ruir em 2019, quando vários investidores revelaram falta dos pagamentos prometidos.
Posteriormente, além de Scott e Dilkinska, as autoridades também condenaram Greenwood – neste caso, a uma pena de 20 anos de prisão. Já Ignatova, conhecida como “Crypto Queen”, segue foragida e procurada pela Interpol.
Executivos da OneCoin caem aos poucos
Com o esquema finalmente exposto, Dilkinska se declarou culpada de acusações de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. A princípio, especulou-se de que ela poderia pegar até cinco anos por cada acusação da qual se declarasse culpada. Ou seja, a pena total poderia chegar a 10 anos.
Contudo, a pena foi mais branda e resultou em quatro anos de prisão. Além disso, Dilkinska terá que passar um mês sob liberdade assistida depois que cumprir sua sentença.
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