Hacker da FTX moveu quase R$ 200 milhões em criptomoedas nos últimos dias

Os hackers que exploraram a exchange de criptomoedas FTX – que está em recuperação judicial desde novembro do ano passado – moveram o equivalente a US$ 38 milhões (R$ 200 milhões) em criptomoedas nos últimos dias.

De acordo com um levantamento do “detetive” de criptomoedas Lookonchain, o responsável pelo hack da FTX transferiu 7.500 ETH (US$ 12,62 milhões) nas últimas 24 horas. Ou seja, cerca de R$ 63,75 milhões na cotação atual em reais.

O valor total movimentado, até agora, é de 22.500 ETH (US$ 38 milhões ou R$ 200 milhões) nos últimos 2 dias, incluindo 2.500 Ether (US$ 4 milhões) em movimentação de fundos no sábado, que envolveu a troca de Ether por Bitcoin por meio das plataformas de privacidade Thorchain e Railgun.

Ainda restam nas contas do hack um total de 163.235 ETH (US$ 275 milhões ou R$ 1,4 bilhão) em várias carteiras, segundo o Lookonchain.

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Hack da FTX

Conforme noticiou o CriptoFácil, em janeiro deste ano, a FTX emitiu um relatório aos credores relatando que sofreu perdas de US$ 415 milhões em ataques hackers. Ao todo, a exchange perdeu o equivalente a R$ 2,1 bilhões na cotação daquele momento.

O relatório apontou que os hackers tiraram US$ 323 milhões em criptomoedas da FTX internacional, enquanto a FTX.US perdeu US$ 90 milhões. Este ataque ocorreu logo após o fundador e ex-CEO da exchange, Sam Bankman-Fried (SBF), entrar com pedido de proteção contra falência, do Capítulo 11, e deixar a exchange.

Em dezembro de 2022, o Departamento de Justiça dos EUA disse que estava investigando o incidente para identificar o indivíduo ou entidade por trás do hack. No entanto, a identidade do hacker permanece um mistério até hoje. Apesar disso, o incidente gerou especulações de que o hack era um trabalho interno, de algum funcionário ou ex-funcionário.

A movimentação mais recente de fundos da FTX ocorre à medida que SBF se prepara para o início de seu julgamento por acusações de fraude e lavagem de dinheiro na próxima terça-feira (3).

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