A Mastercard anunciou que realizou recentemente testes de moeda digital de banco central (CBDC) em colaboração com o Banco de Reserva da Austrália (RBA) e o Digital Finance Cooperative Research Centre (DFCRC).
De acordo com a empresa, esse projeto explorou as capacidades da Mastercard para viabilizar transações com CBDC na blockchain pública Ethereum, tornando-as compatíveis com outros protocolos EVM, como o hyperledger Besu, utilizado pelo Drex do Banco Central do Brasil.
Richard Wormald, presidente da Mastercard na Australásia, destacou que a empresa tem observado uma crescente demanda de consumidores interessados em participar do comércio em diversas blockchains, incluindo as públicas.
Especificamente, a Mastercard demonstrou como sua tecnologia permite que uma CBDC emitida por qualquer Banco Central interaja com aplicações em EVM. No teste realizado, tratou-se da compra de um token não fungível (NFT) listado na blockchain pública da Ethereum.
CBDC em Ethereum
Para viabilizar essa transação, a solução bloqueou a quantidade necessária de CBDC na plataforma do RBA, ao mesmo tempo que emitia tokens envoltos (wrapped tokens) na Ethereum.
Esse experimento destacou a capacidade da Mastercard em manter controles necessários e cumprir regulamentações mesmo ao realizar transações com CBDC em blockchains públicas, como a Ethereum.
A empresa aproveitou sua Rede Multi-Token e as ofertas de Credenciais de Criptomoeda, que se concentram em padrões de verificação e interoperabilidade escalável.
Além da Mastercard, o projeto envolveu a empresa de pagamentos australiana Cuscal e o mercado de tokens não fungíveis (NFT) Mintable.
Recentemente, a Visa também anunciou o desenvolvimento de um sistema multi-blockchain capaz de se conectar com qualquer blockchain, seja ela pública ou privada, permitindo que os participantes troquem informações e valores entre todas essas redes.
A interoperabilidade entre CBDCs é um tema cada vez mais frequente no mercado cripto e financeiro, tendo em vista os diversos lançamentos de CBDCs previstos para o próximo ano, incluindo o Drex no Brasil.
- Leia também: Tether nomeia Paolo Ardoino como novo CEO
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