A Polícia Federal prendeu na madrugada deste domingo (7) um operador financeiro acusado de lavar bilhões em reais com criptomoedas. De acordo com uma nota da PF publicada nesta segunda-feira (8), os agentes detiveram o investigado na área migratória do aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos/SP, quando ele tentava embarcar em um voo com destino à cidade de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Além da prisão, os agentes da PF também cumpriram mandados de busca e apreensão envolvendo o investigado e sua companheira. Isso porque o mandado que a Justiça expediu quando houve a deflagração da Operação Colossus não foi cumprido em razão de a dupla não ter sido localizada no país.
Conforme informou a PF, o homem fixou residência em Dubai para possibilitar a continuidade da prática criminosa de forma a dificultar a atuação das autoridades policiais brasileiras. A prisão ocorreu após dias de monitoramento do investigado pela Polícia Federal.
PF prende acusado de lavar dinheiro com criptomoedas
Segundo a Polícia Federal, o investigado é responsável por diversos atos de lavagem de capitais por meio do recebimento de recursos financeiros de origem ilícita no país. Após lavar os recursos, o suspeito os disponibilizava na forma de criptomoedas, tanto no exterior quanto no território nacional.
Além disso, ele dissimulava e ocultava a origem dos valores mediante sucessivas transações realizadas por diferentes empresas de fachada de “laranjas”. O suspeito também teria cometido crimes de falsidade ideológica, evasão de divisas, funcionamento irregular de instituição financeira e falsa identidade em operação de câmbio.
A PF explicou na nota que a investigação teve início como um desmembramento da Operação Colossus, que verificou que uma das empresas controladas pelo investigado movimentou, entre os anos de 2017 e 2021, mais de R$ 13 bilhões entre créditos e débitos.
Ele não apresentou registros de emissão de Notas Fiscais compatíveis com a movimentação bancária levantada. Além disso, há evidências de operação com dinheiro proveniente de tráfico de drogas e outros crimes.
Ainda, há provas de que, mesmo residindo no exterior, o investigado continua praticando delitos. Por exemplo, ele utilizou a conta bancária pertencente a empresa de um “laranja” para receber e transferir recursos. Em apenas dez meses a conta bancária em questão apresentou movimentação bancária superior a R$ 1,4 bilhão.
“Nesse contexto, considerando a reiteração delitiva, a gravidade em concreto da conduta e a fixação de residência fora do país sem a comunicação formal às autoridades, foi decretada sua prisão preventiva a fim de resguardar a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação da lei penal”, disse a PF.
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