A Binance, uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo, continua a se posicionar contra a pressão regulatória para as criptomoedas nos Estados Unidos, alegando que as regras devem se limitar ao território norte-americano e não tentar exercer controle global.
Em resposta a um processo judicial, os advogados da Binance refutaram a tentativa da Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC) de regulamentar indivíduos e empresas estrangeiras que operam fora dos EUA, alegando que isso vai além do escopo da Commodity Exchange Act e das leis dos EUA que se aplicam apenas a nível nacional.
“A CFTC não pode ser a ‘polícia de derivativos’ do mundo, e o tribunal deve rejeitar seus esforços para expandir sua autoridade além do que é permitido por lei”, declarou a Binance.
A exchange de criptomoedas argumenta que o tribunal deve rejeitar os esforços da CFTC de usar o processo contra a empresa e seu fundador como um meio de obter uma regulamentação global, alertando para as consequências que isso poderia ter além do caso em questão.
Segundo a Binance, os EUA não são os donos do mundo e devem limitar seu escopo de regulamentação ao seu país: “Os EUA não controlam o mundo”, alegou a empresa.
Binance critica EUA
A Binance tem se manifestado repetidamente contra o processo da CFTC, afirmando que a agência ultrapassou os limites de sua autoridade. A empresa pede o arquivamento da ação, alegando falta de jurisdição, uma vez que a CFTC está agindo contra não americanos, incluindo Zhao e entidades da Binance no exterior.
A Binance, líder global em volume de negociação, enfrenta pressões regulatórias nos Estados Unidos, com a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) e a CFTC acusando a empresa e seu fundador de múltiplos crimes, incluindo violações das leis de valores mobiliários e commodities, lavagem de dinheiro e fraude. A defesa da Binance refutou essas alegações.
Como resultado das crescentes regulamentações, a Binance removeu produtos do mercado, como cartões pré-pagos Visa e Mastercard. Recentemente, também anunciou a retirada do cartão Binance Visa da Europa em dezembro, bem como do Brasil, Colômbia e Argentina, onde esses instrumentos de pagamento com criptomoedas foram descontinuados em agosto deste ano.
A Binance continua a ser um foco de atenção nos mercados de criptomoedas, enquanto prossegue sua defesa contra as regulamentações norte-americanas, reafirmando que os Estados Unidos não devem tentar controlar o mundo cripto.