Um tribunal de apelações dos Estados Unidos concluiu o processo legal que formaliza o confisco de 69.370 Bitcoins e outras criptomoedas que estavam ligadas ao agora extinto Silk Road, um dos maiores mercados da dark web já existentes.
De acordo com um anúncio de quarta-feira (20), o Tribunal Distrital de Apelações do Nono Circuito dos EUA confirmou a transferência do Bitcoin para controle federal.
O fundador do Silk Road, Ross Ulbricht, é réu do processo – que teve início em agosto deste ano. O demandante do caso é o governo dos EUA, que já tinha o controle das criptomoedas desde que um invasor anônimo invadiu o Silk Road e obteve o controle dos fundos.
As apreensões das criptomoedas do extinto mercado clandestino digital tiveram início ainda em 2020. Na ocasião, o Departamento de Justiça dos EUA apreendeu e começou a buscar o confisco oficial das criptomoedas. Naquela época, os ativos tinham uma avaliação de mais de US$ 1 bilhão.
Além do Bitcoin, os ativos apreendidos incluíam Bitcoin Gold (BTG), Bitcoin SV (BSV) e Bitcoin Cash (BCH).
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Bitcoins do Silk Road
O mercado cripto acompanha de perto a movimentação desses ativos, já que a venda deles pode impactar fortemente o mercado e os preços das criptomoedas.
O fundador do Silk Road, Ross Ulbricht, cumpre pena de prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional. Ele concordou, em 2022, em usar US$ 3 bilhões em Bitcoins roubados para pagar dívidas ao governo dos EUA. Na mesma época ele renunciou ao direito aos 69.470 Bitcoins. Ulbricht criou e dirigiu a chamada “Rota da Seda” entre os anos de 2011 e 2013.
O Silk Road era usado para venda de drogas e armas e aceitava criptomoedas como forma de pagamento. Mas o Federal Bureau of Investigation (FBI) conseguiu fechar o mercado clandestino após a prisão de Ulbricht no final de 2013.
Em julho deste ano, conforme noticiou o CriptoFácil, a Justiça condenou Roger Thomas Clark, parceiro de Ross Ulbricht na construção e operação do Silk Road, a 20 anos de prisão. Clark, 62 anos, foi detido na Tailândia em 2015 e conhecido online pelo pseudônimo de Variety Jones.
As acusações federais contra o cidadão canadense incluíam conspiração para distribuir grandes quantidades de narcóticos, crime ao qual ele se declarou culpado em 2020. Os promotores afirmaram que esses crimes decorreram de seu papel como principal “conselheiro” de Ross Ulbricht.
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