Executivo da Binance processa Nigéria por violações de direitos humanos
Executivo da Binance processa Nigéria por violações de direitos humanos
Economia

Executivo da Binance processa Nigéria por violações de direitos humanos

O chefe de conformidade da Binance, Tigran Gambaryan, detido na Nigéria de forma arbitrária em fevereiro, está processando o governo nigeriano por violações de direitos humanos.

O executivo da exchange de criptomoedas está pedindo ao Supremo Tribunal Federal para exigir um pedido de desculpas do Gabinete do Conselheiro de Segurança Nacional e da Comissão de Crimes Econômicos e Financeiros.

Gambaryan disse que esteve na Nigéria a convite dos órgãos para discutir as atividades da Binance no país. Ele alegou que não cometeu nenhum crime durante a reunião e não recebeu por escrito nada sobre qualquer crime que tivesse cometido na Nigéria.

“A única razão para a detenção é porque o governo está solicitando informações da Binance e fazendo exigências à empresa”, disse ele.

De acordo com relatórios locais, Gambaryan alega que a sua detenção e confisco de passaporte após sua chegada ao país em fevereiro violam a constituição da Nigéria. Ele afirma ainda que o governo está usando sua detenção como uma forma de pressionar a Binance.

Executivos da Binance detidos na Nigéria processam governo

Nadeem Anjarwalla, gerente regional da Binance para a África, que também foi detido, mas que conseguiu escapar da prisão, entrou com uma queixa semelhante. Durante uma audiência no tribunal, o advogado de Gambaryan solicitou um adiamento para que as autoridades pudessem responder à ação. O caso foi adiado para 8 de abril.

O Supremo Tribunal Federal da Nigéria deve julgar a Binance e os dois executivos em 4 de abril. Além disso, o governo planeja recorrer à Interpol para recapturar Anjarwalla para o julgamento.

Conforme noticiou o CriptoFácil, Anjarwalla conseguiu escapar da custódia da Comissão de Crimes Econômicos e Financeiros há cerca de duas semanas. De acordo com portais locais, ele supostamente fugiu do país utilizando um passaporte queniano. Isso porque as autoridades nigerianas teriam confiscado o seu passaporte britânico.

Na mesma época da fuga, o governo federal da Nigéria apresentou acusações contra a Binance por evasão fiscal no Tribunal Superior do país. A Receita Federal da Nigéria acusou a Binance de: falta de pagamento do imposto sobre valor agregado, falta de pagamento do imposto de renda da empresa, não apresentação de declarações fiscais e ajuda aos clientes na evasão fiscal por meio de sua plataforma.

Além disso, a Binance enfrenta acusações por não ter se registrado junto ao FIRS, a Receita Federal da Nigéria, para fins fiscais. Gambaryan e Anjarwalla também são réus no processo.

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