Nova lei permitirá aos bancos centrais duplicarem suas reservas de criptomoedas
Nova lei permitirá aos bancos centrais duplicarem suas reservas de criptomoedas
Economia

Nova lei permitirá aos bancos centrais duplicarem suas reservas de criptomoedas

A partir de janeiro de 2025, uma regulamentação global inovadora oferecerá aos bancos centrais uma oportunidade sem precedentes: a duplicação das suas reservas em criptomoedas, permitindo dobrá-la para 2%.

A normativa, agora parte do Quadro Basileia III, denominada “SCO60: Cryptoasset Exhibitions”, foi aprovada pelo Comitê de Supervisão Bancária de Basileia (BCBS).

As consultas públicas realizadas em 2022 resultaram na consolidação desse novo padrão, estabelecendo limites para a exposição a ativos digitais, como o Bitcoin (BTC).

O BCBS fundamentou essa decisão na necessidade de controlar a volatilidade que os criptoativos podem introduzir no sistema financeiro global, destacando o risco potencial de desestabilização.

Enquanto o Banco de Pagamentos Internacionais (BIS) reconhece as exposições relativamente baixas dos bancos aos criptoativos, ressalta a importância de uma estrutura regulatória global sólida para mitigar riscos.

Reservas de criptomoedas

O BIS alertou sobre a volatilidade de certos criptoativos, indicando os desafios que podem representar à medida que as exposições bancárias aumentam. Esse órgão aconselhou uma avaliação constante dos desenvolvimentos relacionados às criptomoedas pelo Comitê de Basileia, enfatizando a interconexão crescente entre os bancos e o mercado de criptoativos.

Nos últimos anos, observou-se um aumento na oferta de produtos relacionados a criptomoedas por parte dos bancos, com os bancos dos EUA obtendo autorização para manter reservas em stablecoins desde 2020.

Considerando crises recentes e a crescente busca por ativos alternativos ao dólar, como ouro e petróleo, os bancos têm explorado ativos como o bitcoin.

O documento do BIS também prevê uma maior regulação do setor de criptomoedas até 2024, o que impactará os bancos expostos aos criptoativos. A classificação das criptomoedas em dois grupos distintos, com critérios específicos, está entre as medidas propostas para mitigar os riscos.

Embora a regulamentação atual não aborde a exposição dos bancos às moedas digitais do banco central (CBDC), o Comitê planeja incluir considerações para o tratamento dessas moedas no futuro.

A expectativa é de que essas medidas, embora restritivas, garantam a estabilidade financeira global e proporcionem um ambiente regulatório seguro para o crescente envolvimento dos bancos nos mercados de criptomoedas.

Posts relacionados