A Worldcoin informou que não oferece mais seu serviço de verificação Orb no Brasil, bem como na Índia e na França. Esse serviço realiza a digitalização do globo ocular dos usuários para verificar sua identidade. Em troca, os participantes recebem criptomoedas como recompensa.
De acordo com uma reportagem do TechCrunch, a Tools for Humanity, a fundação que supervisiona o desenvolvimento do Worldcoin, afirmou que a empresa havia expandido o Orb para muitos mercados este ano para um “acesso por tempo limitado”. Ou seja, o serviço seria algo temporário nesses países.
Apesar disso, Lily Gordon, porta-voz da Tools for Humanity, ressaltou que a Worldcoin continua comprometida em “trabalhar com parceiros em todo o mundo para garantir que atenda aos requisitos regulatórios e forneça um serviço seguro e transparente para humanos verificados”.
Fim da Worldcoin no Brasil
Cofundada por Sam Altman, da OpenAI (por trás do ChatGPT), a Worldcoin iniciou a implementação global de seus serviços em julho deste ano. Seu objetivo é ajudar a construir uma solução confiável para “distinguir os humanos da IA online”. Além disso, o serviço visa permitir “processos democráticos globais” e aumentar drasticamente “as oportunidades econômicas”.
Com o objetivo de expandir o serviço para várias partes do mundo, a Tools for Humanity iniciou em abril de 2023 um “tour” global. A primeira cidade a receber a empresa foi Tóquio. Depois, vários locais das Américas, Europa, Oriente Médio e Ásia experimentaram o Orb, incluindo o Brasil.
No início, a empresa estimulou a expansão do serviço de verificação de identidade oferecendo recompensas na stablecoin USDC para operadores Orb locais. Em novembro, a Worldcoin começou a pagar as recompensas em seu token nativo, WLD.
A startup levantou cerca de US$ 250 milhões em rodadas de investimento com participação de Andreessen Horowitz, Khosla Ventures e Reid Hoffman.
A criptomoeda nativa do ecossistema Worldcoin é a WLD. A moeda digital tem um valor de mercado de US$ 390 milhões e seu preço atual é US$ 3,81, de acordo com dados do CoinGecko. Nas últimas 24 horas, o preço da criptomoeda subiu pouco mais de 7%.
World ID 2.0 e críticas ao projeto
Neste mês, conforme noticiou o CriptoFácil, a Worldcoin lançou uma nova versão de seu recurso World ID, o “World ID 2.0”. De acordo com o anúncio, a nova versão está integrada com plataformas como Shopify, Mercado Libre, Reddit e Telegram. Na prática, isso permite aos usuários provar sua humanidade por meio dessas plataformas.
As novas integrações de aplicativos juntam-se ao Discord, Talent Protocol e Okta’s Auth0, entre outras plataformas já integradas. Além disso, o comunicado afirmou que nova versão também permite que os desenvolvedores de aplicativos escolham entre diferentes níveis de autenticação, variando de “leve” a “máximo”.
Esse processo de escaneamento de íris foi alvo de muita críticas. Os críticos dizem que esse escaneamento pode levar ao vazamento de informações biométricas das pessoas. A Worldcoin, no entanto, alegou que a varredura de íris só armazena a prova da digitalização da íris, mas não armazena a digitalização em si.
- Leia também: Trezor anuncia suporte para Solana e tokens SPL
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