O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio (MPRJ), e a 134ª DP (Campos dos Goytacazes – RJ) deflagraram, nesta quarta-feira (25) uma operação com o objetivo de desmantelar um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas que prometia lucros de até 30% ao mês.
A Operação “Príncipe do Bitcoin”, como foi chamada, cumpriu quatro mandados de prisão e mais seis de busca e apreensão em endereços ligados a cinco suspeitos. Os investigados seriam integrantes de uma organização criminosa que aplicava golpes com criptomoedas em Campos do Goytacazes, no Norte Fluminense.
De acordo com as investigações, o grupo criminoso agia desde 2016 por meio da empresa A.C Consultoria e Gerenciamento Eireli. O MP estima que a quadrilha tenha lesado mais de 40 pessoas prometendo altos retornos e baixo risco.
Ainda como parte da ação, as autoridades determinaram, à pedido da Justiça, o bloqueio de valores nas contas dos investigados até o total de R$ 1.964.815,96 milhão. Além disso, determinou o bloqueio de criptomoedas, bem como de moedas estrangeiras.
Operação “mira esquema com criptomoedas
Um dos alvos da Operação Príncipe do Bitcoin é o pastor da Igreja Evangélica Fabrício Vasconcelos Nogueira. Ele supostamente atuava como trader, investindo no mercado de criptomoedas e captando clientes. Aparentemente, Nogueira era muito conhecido na região de Campos dos Goytacazes.
Conforme informou o Ministério Público, o pastor trocava de carro regularmente e realizava viagens de luxo para ostentar riqueza e atrair mais vítimas para o golpe. Os integrantes do esquema são: Gilson André Braga dos Santos e Ana Claudia Carvalho Contildes. A dupla é sócia fundadora da A.C Consultoria e Gerenciamento Eireli,
Gilson Ramos Vianna e Ana Paula Contildes também participava, do golpe, captando clientes para investirem na suposta pirâmide. A promessa, segundo o MP, era de rendimentos mensais entre 15% e 30%.
No início, como é típico desses esquemas, o grupo pagava os rendimentos prometidos para estimular as vítimas a investirem ainda mais nas criptomoedas. Além disso, era uma forma de os participantes do esquema captarem outras vítimas.
No entanto, a empresa parou de realizar os pagamentos e emitiu um comunicado informando que iria rescindir os contratos e pagar os valores devidos em até 90 dias. Contudo, as pessoas não receberam seu dinheiro.
Investigações do GAECO/MPRJ revelaram ainda que a quadrilha criou uma outra empresa, a Gayky Cursos Ltda, para dar continuidade ao esquema fraudulento com criptomoedas.
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