Conforme informou o CriptoFácil, o Banco Central quer apertar a regulação sobre as criptomoedas no Brasil, sobretudo as stablecoin. E, ao que parece, uma das medidas é exigir que as exchanges que operam no país tenham presença física aqui.
De acordo com uma reportagem da Reuters, o presidente da autoridade monetária brasileira, Roberto Campos Neto, foi quem revelou a “novidade” em um evento promovido pela 1618 Investimentos em São Paulo. Segundo Campos Neto, o Banco Central também terá como prioridade observar os lastros dos ativos digitais negociados no Brasil:
“O que a regulação quer fazer? A primeira coisa, a gente quer regular a corretora para ela estar no Brasil, ter presença física no Brasil”, disse o presidente do BC. “Depois, a gente precisa saber que ele [criptoativo] tem lastro”, acrescentou.
Regulação das criptomoedas no Brasil
Ainda segundo Campos Neto, outra ação que o BC vai tomar tem relação com às atividades que as empresas de cripto desempenham. A autoridade monetária pretende agir sobre o “cruzamento de fronteiras” entre atividades desse setor. A ideia é impedir que uma mesma organização atue como custodiante de ativos digitais e emissora, por exemplo.
No evento, o presidente do Banco Central também falou sobre o uso de criptomoedas no Brasil. Ele observou que antes os brasileiros negociavam muito mais ativos como Bitcoin, por exemplo. No entanto, o BC está observando uma negociação cada vez maior de stablecoins – criptomoedas estáveis vinculadas a moedas fiduciárias como o dólar.
Por exemplo, as negociações envolvendo a USDT, maior stablecoin do mercado, representaram 81,6% do volume total movimentado em julho. Ou seja, os brasileiros movimentam mais ativos digitais estáveis do que o Bitcoin.
Para Campos Neto, isso indica que há uma mudança de tendência no uso dos ativos: de instrumento de investimento para meio de pagamento. A preocupação é que isso esteja associado a atos ilícitos:
“A gente se preocupa que isso esteja associado com temas de lavagem de dinheiro, evasão fiscal, coisas desse tipo”, disse Campos Neto.
Vale ressaltar que junho deste ano, ficou determinado que Banco Central será o responsável por regular a prestação de serviços com criptomoedas no Brasil. Dessa forma, o BC terá que disciplinar o funcionamento das prestadoras de serviços de criptomoedas, entre outras funções.
Posts relacionados
CME supera Binance e se torna a maior corretora de futuros de Bitcoin do mundo
Os investidores institucionais estão tomando conta do mercado de futuros de Bi...
Binance.US sofre processo por suposta participação em colapso da FTX
A Binance.US e seu CEO, Changpeng Zhao (CZ), enfrentam um imbróglio por causa do colapso da FTX. De acordo com uma ação coletiva movida no Tribunal Distrital do Norte da Califór...
Swift realiza teste de interoperabilidade com solução da Chainlink
Um relatório divulgado pela Swift destacou que seus padrões de mensagens existentes, em conjunto com o Cross-Chain Interoperability Protocol (CCIP) desenvolvido pela Chainlink, ...
Genesis processa sua controladora DCG e pede R$ 3 bilhões
A plataforma de empréstimo de criptomoedas Genesis Global entrou com uma ação judicial contra sua controladora, o Digital Currency Group (DCG), em um tribunal de falências de No...
Drex: Itaú e BTG fazem primeira transação entre bancos com a moeda digital brasileira
Pela primeira vez na história, duas instituições bancárias realizaram uma transação entre si usando o Drex (antigo real digital). Itaú Unibanco e BTG Pactual executaram com suce...
ETF de Bitcoin da BlackRock figura entre os 5 maiores do mundo em 2024
O iShares Bitcoin Trust (IBIT), o ETF de Bitcoin (BTC) da BlackRock, emergiu como um dos maiores ETFs do mundo no início de 2024. De acordo com dados da Bloomberg Intelligence...
MicroStrategy pretende levantar US$ 500 milhões para comprar mais Bitcoin
A empresa americana que fornece inteligência de negócios, MicroStrategy, uma das maiores investidoras de Bitcoin, informou que planeja arrecadar mais US$ 500 milhões por meio de...
Conheça os 5 maiores ETFs de criptomoedas do Brasil
Os fundos negociados em bolsa (ETFs) de criptomoedas têm ganhado destaque no mercado financeiro mundial e se tornaram o principal meio pelo qual investidores institucionais tem ...
Investidora da 'falida Celsius' estaria interessada da FTX
A empresa de investimentos Proof Group, que venceu uma licitação para adquirir os “restos mortais” da falida empresa de empréstimos de criptomoedas Celsius Network, ...