Binance avalia deixar a Rússia, diz WSJ
Binance avalia deixar a Rússia, diz WSJ
Economia

Binance avalia deixar a Rússia, diz WSJ

Após problemas por trabalhar com bancos russos alvos de sanções do ocidente, a Binance estaria reavaliando seus negócios na Rússia.

De acordo com uma reportagem do The Wall Street Journal (WSJ), publicada na segunda-feira (28), a maior exchange de criptomoedas do mundo em volume negociado pode promover uma retirada total do mercado russo. Isso porque enfrenta riscos jurídicos ao operar no país sancionado.

“Todas as opções estão sobre a mesa, incluindo uma saída total”, disse um porta-voz da Binance ao WSJ.

Na semana passada, conforme noticiou o CriptoFácil, a Binance removeu de seu mercado peer-to-peer (P2P) cinco bancos russos. A lista de bancos inclui, por exemplo, o Rosbank, oitavo maior banco da Rússia, e o Tinkoff Bank, o décimo maior banco russo.

Binance na Rússia

A ação ocorreu poucos dias após uma reportagem do próprio WSJ afirmar que a Binance estaria ajudando os usuários russos a movimentarem dinheiro para o exterior usando bancos russos alvos de sanção devido à invasão da Rússia à Ucrânia.

A Binance afirmou que a remoção se deveu a uma atualização de seu sistema a fim de cumprir padrões regulatórios e regras de sanções.

“Quando nos apontam lacunas, procuramos abordá-las e remediá-las o mais rápido possível. Assim, em linha com nossos compromissos contínuos, os métodos de pagamento na plataforma Binance P2P que não se enquadram em nossas políticas de conformidade não estão disponíveis em nossa plataforma”, disse um porta-voz da Binance.

A reportagem foi publicada após o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) investigar a Binance por facilitar a movimentação de dinheiro por russos.

A Binance atualmente se encontra na mira de vários reguladores dos EUA e de outros países do mundo. Nos últimos meses, a exchange se retirou de diversas nações europeias devido à pressão regulatório. A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC, processou a exchange e o seu CEO, Changpeng Zhao (CZ), no mês passado por supostamente violar as leis de valores mobiliários.

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