A Genesis e sua controladora, o Digital Currency Group (DCG), propuseram um plano de compensação para mais de 230 mil credores de varejo. Esta medida visa aliviar os usuários do Programa Earn da Gemini e será votada ainda este ano.
De acordo com a proposta, os clientes do Earn podem receber entre 95% até 110% dos seus valores de volta. Ou seja, muitos podem receber uma compensação até maior do que o valor devido.
Potencial de 100% de recuperação
A Genesis forneceu suporte financeiro para o Earn, um programa disponível para clientes da exchange de criptomoedas Gemini. No entanto, a Genesis precisou interromper o programa depois que entrou em recuperação judicial. Desde então, os clientes do programa esperam a recuperação dos seus fundos.
A princípio, os advogados da Genesis e do DCG afirmaram que os credores poderiam receber até 90% do seu dinheiro equivalente em dólares dos EUA. Isto é, os clientes não receberiam as criptomoedas que estavam na Genesis, mas sim o valor em dólares. No entanto, o pedido recente apresenta um quadro mais otimista.
“Os clientes do Earn poderiam potencialmente recuperar entre US$ 440 milhões e US$ 765 milhões. A distribuição estimada desta reivindicação varia de US$ 400 milhões a US$ 535 milhões. Além disso, os clientes terão mais de US$ 600 milhões em garantia da Gemini. As recuperações acumuladas podem ultrapassar US$ 1 bilhão, refletindo o total dos seus pedidos. Em suma, isto representa uma restituição total para os clientes atuais nas circunstâncias dadas”, disse um funcionário do DCG.
O tribunal responsável pelo caso da Genesis avalia as dívidas dos clientes com base nos retornos potenciais da massa falida da Genesis. Além disso, também são consideradas garantias de usuários Gemini, incluindo mais de 30 milhões de ações do Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), avaliadas em aproximadamente US$ 607 milhões.
- Leia também: Bitcoin abre o dia em alta e Solana desafia FTX
Plano da Genesis precisa de aprovação
De acordo com um rascunho do acordo divulgado em 29 de agosto, certos reembolsos podem ser feitos em espécie, o que implica que alguns investidores receberão pagamentos em criptomoedas. Mas o plano não revela quais critérios a empresa utilizará para definir isso.
O documento afirma que o DCG planeja apresentar uma versão revisada do plano até 6 de outubro e colocá-lo em votação para os credores. A votação deve deve se estender até 5 de dezembro e, se o plano for aprovado, a empresa vai divulgar o calendário de pagamentos.
Em janeiro, o braço de empréstimos da Genesis entrou com um pedido de recuperação judicial devido ao colapso do fundo Three Arrows Capital e da exchange FTX. Assim como ocorreu com outras empresas, essas quebras levaram ao colapso de muitas operações.
Durante esse período, a Genesis bloqueou os saques dos usuários e entrou em conflito com Cameron e Tyler Winklevoss, fundadores da Gemini. Os gêmeos acusaram a Genesis de quebra de contrato e processaram até o fundador do DCG, Barry Silbert.
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