Embaixador dos EUA na Argentina enaltece mineração de Bitcoin do país
Embaixador dos EUA na Argentina enaltece mineração de Bitcoin do país
Economia

Embaixador dos EUA na Argentina enaltece mineração de Bitcoin do país

O embaixador dos Estados Unidos na Argentina, Marc R. Stanley, elogiou a iniciativa de mineração de Bitcoin do país, em especial da empresa Unblock Computing por seu uso de gás queimado na geração de eletricidade.

Stanley elogiou o plano por seus benefícios duplos: auxiliar a Argentina a alcançar seus objetivos climáticos e promover a conservação de energia.

As declarações de Stanley, compartilhadas através do X (anteriormente Twitter), surgiram após relatos de que a mineradora de Bitcoin na Argentina conseguiu um investimento de US$ 15 milhões para alimentar suas operações em Vaca Muerta.

Localizada na Bacia de Neuquén, no norte da Patagônia, a Vaca Muerta detém uma das maiores reservas de gás de xisto do mundo. Expressando sua satisfação com a maneira única das duas empresas gerarem eletricidade, o embaixador dos EUA afirmou:

“Adoro ver empresas dos EUA e da Argentina trabalharem juntas para resolver problemas e ajudar o meio ambiente. Os gênios da Crusoe e da Unblock Global descobriram uma maneira de queimar metano e gerar eletricidade. Isso não só ajuda a Argentina a alcançar suas metas climáticas, mas também economiza energia e gera lucro. Genial.”

Enquanto isso, em uma postagem de 13 de dezembro no X, Tomas Ocampo, fundador da Unblock Computing, afirmou que o investimento de US$ 15 milhões ajudará a Crusoe Energy Systems e seus parceiros a produzirem US$ 200 milhões em petróleo com menos emissões.

Bitcoin na Argentina

A mineração de Bitcoin com gás utilizado na indústria de petróleo é uma prática que busca transformar o subproduto muitas vezes desperdiçado em uma fonte viável de energia para alimentar a mineração cripto.

Nas operações de exploração de petróleo, o gás natural é frequentemente liberado durante o processo de extração do petróleo bruto. Em muitos casos, esse gás é queimado, em um processo conhecido como “queima de gás”, devido à falta de infraestrutura para capturá-lo e utilizá-lo de maneira eficiente.

A mineração de Bitcoin com gás usado busca resolver esse problema. Empresas especializadas, como a Crusoe Energy Systems, desenvolveram tecnologias que capturam esse gás natural, convertendo-o em energia elétrica por meio de geradores. Essa eletricidade é então direcionada para alimentar os sistemas de mineração de Bitcoin.

Ao utilizar o gás que seria queimado sem proveito, essa prática não apenas reduz o desperdício, mas também contribui significativamente para a redução das emissões de carbono. Em vez de liberar esse gás na atmosfera, ele é convertido em energia útil para alimentar os processos intensivos de computação envolvidos na mineração de criptomoedas.

Posts relacionados