A disputa pelos ETFs à vista de Ethereum (ETH) começou para valer, com a entrada de duas das maiores gestoras do planeta. Depois da BlackRock, a concorrência agora recebe a Fidelity, gestora com US$ 4,5 trilhões em ativos sob gestão. De acordo com o analista de ETFs da Bloomberg James Seyffart, a gestora submeteu um pedido para abrir o seu ETF de ETH.
Tanto a Fidelity quanto a BlackRock também possuem pedidos de ETF à vista de Bitcoin (BTC) sob análise pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). No entanto, o mercado já projeta que esses fundos estão praticamente aprovados e, portanto, a corrida pelo ETH deve começar em breve.
Fidelity foca em ETF de Ethereum
Em um documento apresentado à SEC em 17 de novembro, a Fidelity delineou seus planos de listar e negociar cotas do Fidelity Ethereum Fund, nome oficial do ETF. A negociação ocorrerá na Chicago Board and Option Exchange (Cboe).
De acordo com a Declaração de Registro, cada cota representará um interesse beneficiário fracionário e indivisível nos ativos líquidos do Trust. Esses ativos, por sua vez, consistirão em ETH detido pelo Custodiante em nome do Trust. O pedido não especifica quem será o custodiante
Existem agora sete participantes na lista de interessados em um ETF de Ethereum à vista, que inclui BlackRock, Hashdex, Grayscale e VanEck. Na semana passada, a SEC adiou sua decisão a respeito do pedido feito pela Hashdex, que deve vir apenas no ano que vem.
O pedido da Fidelity chega ao mercado depois que a BlackRock submeteu o seu pedido de ETF de ETH à vista, chamado iShares Ethereum Trust. Curiosamente, a Fidelity solicitou um ETF Bitcoin à vista em junho, também depois que a BlackRock entrou no jogo.
Necessidade dos ETFs
Em seu pedido, a Fidelity enfatizou a ausência de um veículo de baixo risco para os cidadãos dos EUA se exporem ao ETH e aos ativos digitais, citando a falta de tais veículos negociados em bolsa regulamentados pelos EUA. Além disso, a gestora comparou a situação com a Europa, afirmando que no Velho Continente investidores europeus têm acesso a produtos negociados em bolsas regulamentadas.
Nesse sentido, a Fidelity optou por destacar que os ETFs oferecem segurança aos investidores e também aos reguladores. Outra vantagem apontada pela empresa é a exposição a uma ampla gama de ativos digitais à vista que esses fundos oferecem.
Segundo a empresa, este contraste sublinha a necessidade de um caminho semelhante para os investidores estadunidenses. “Até este ponto, a aprovação de um ETP de ETH representaria uma grande vitória para a proteção dos investidores dos EUA no mercado de criptoativos”, diz a gestora no pedido.
A proposta da Fidelity procura enfrentar estes desafios combatendo práticas fraudulentas e manipuladoras. Fazendo referência à Seção 6(b) da Lei, particularmente à Seção 6(b)(5), a empresa está comprometida em proteger os investidores, promover um mercado livre e aberto e servir o interesse público.
- Leia também: ‘Efeito Milei’ age e Bitcoin abre a semana em alta
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