Enquanto diversos países do mundo avançam para lançar suas moedas digitais de banco central (CBDC), há muito ceticismo em torno da adoção desses ativos.
O Mastercard, por exemplo, acredita que essas moedas digitais enfrentarão obstáculos com a população. Isso porque as pessoas já estão satisfeitas com as formas de pagamento existentes. Além disso, o gigante bancário afirmou que não há justificativa suficiente para o uso generalizado de moedas digitais do banco central.
“A parte difícil é a adoção. Portanto, se você tiver CBDCs em sua carteira, deverá poder gastá-los onde quiser – muito semelhante ao dinheiro hoje”, disse à CNBC Ashok Venkateswaran, líder de blockchain e ativos digitais da Mastercard para Ásia-Pacífico.
Não há justificativas para Moedas Digitais de BC
Para Venkateswaran, os consumidores estão “tão confortáveis com o tipo de dinheiro de hoje” que “não há justificativa suficiente para ter uma CBDC”.
Além disso, ele destacou que construir infraestrutura para facilitar o uso e os pagamentos com CBDCs exige muito tempo e esforço dos países.
“Mas muitos dos bancos centrais hoje em dia tornaram-se muito inovadores porque estão a trabalhar em estreita colaboração com empresas privadas como a nossa, para criar esse ecossistema”, disse o líder da Ásia-Pacífico.
A Mastercard informou na semana passada que concluiu os testes de sua solução no programa piloto de CBDC junto à Autoridade Monetária de Hong Kong para simular o uso de uma moeda digital de varejo. Ao todo, 16 empresas dos setores financeiro, de pagamentos e de tecnologia participaram do piloto.
Conforme destacou Venkateswaran, a adoção de CBDCs vai depender da necessidade do país ou do problema que eles estão tentando resolver.
Não funcionará “se você estiver apenas tentando substituir sua rede de pagamentos doméstica existente”, disse ele. “Mas se for um país onde a rede de pagamentos doméstica não é tão robusta, pode fazer sentido ter uma CBDC.”
A Mastercard também está utilizando a rede Ethereum para testar a CBDC da Austrália. De acordo com a empresa, esse projeto explorou as capacidades da Mastercard para viabilizar transações com a CBDC na blockchain pública do Ethereum, tornando-as compatíveis com outros protocolos EVM, como o hyperledger Besu, utilizado pelo Drex do Banco Central do Brasil.
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