Tribunal dos EUA condena à prisão envolvidos em esquema de pirâmide AirBit
Tribunal dos EUA condena à prisão envolvidos em esquema de pirâmide AirBit
Economia

Tribunal dos EUA condena à prisão envolvidos em esquema de pirâmide AirBit

O Tribunal Distrital do Sul de Nova York, nos Estados Unidos, está tomando medidas decisivas contra indivíduos ligados ao esquema de pirâmide AirBit Club. Nesse sentido, o tribunal condenou diversos envolvidos no esquema, os operadores Scott Hughes, Cecilia Millan e Karina Chairez.

De acordo com a decisão, o trio recebeu sentença por crimes de envolvimento em rede internacional de fraude e lavagem de dinheiro. Eles receberam penas que variam entre 18 meses a 5 anos de prisão, bem como o pagamento de multas.

Enquanto isso, vários especialistas acreditam que a pena é um marco significativo na busca por justiça contra os autores de um dos golpes mais audaciosos do mercado. A AirBit Club desviou mais de US$ 100 milhões de seus investidores, ou cerca de R$ 510 milhões em valores atuais.

O esquema durou quase cinco anos antes de entrar em colapso e parar de pagar os investidores. Os criadores fugiram levando todo o dinheiro investido e deixando os investidores com enormes prejuízos.

Justiça para as vítimas da AirBit Club

Após meses de procedimentos legais, o tribunal condenou Hughes, Millan e Chairez, por seus papéis no esquema Ponzi que enganou milhões de investidores desavisados.

Criada em 2015, a AirBit Club se disfarçou como uma empresa legítima de mineração e comércio de criptomoedas. A abordagem da companhia se assemelhava a outros golpes, utilizando uma abordagem de marketing multinível. De acordo com a acusação, a AirBit utilizava esquemas de bonificação para atrair investidores.

O projeto prometia retornos diários garantidos sobre investimentos em criptomoedas, algo impossível de garantir. Esses retornos eram muito acima da realidade financeira dos EUA, mas as pessoas investiram dinheiro mesmo assim.

Além disso, os fraudadores por trás do AirBit Club atraíram as vítimas com apresentações convincentes, convencendo-as da legitimidade do negócio. No entanto, em vez de cumprirem estas promessas, os fundadores e promotores do esquema desviaram aproximadamente US$ 100 milhões.

Em contrapartida, quem tentou retirar fundos da plataforma não teve sucesso. O esquema alegava manutenções, problemas de saques e outras desculpas para manter preso o dinheiro dos investidores.

Entenda o caso

O recente comunicado revela que Scott Hughes, um advogado envolvido na lavagem de aproximadamente US$ 18 milhões de ganhos ilícitos do esquema, recebeu uma sentença de 18 meses de prisão. Por outro lado, Cecilia Millan, promotora sênior da AirBit Club, foi condenada a cinco anos de prisão.

Já Karina Chairez, outra promotora sênior, recebeu uma pena de um ano e um dia de prisão. Além disso, Hughes, Millan e Chairez receberam penas de três anos de liberdade supervisionada cada um, além de suas sentenças de prisão. Ou seja, mesmo após cumprirem as penas estipuladas, eles terão vigilância da justiça dos EUA.

Estes vereditos enviam uma mensagem forte de que as fraudes de investimento em criptomoedas, especialmente aquelas envolvidas em fraudes em grande escala, enfrentarão consequências graves. No entanto, as penas brandas também indignaram algumas vítimas do esquema.

O fundador da Airbit Club, Pablo Renato Rodriguez, foi quem recebeu a sentença mais dura: 12 anos de prisão, aplicada no final de setembro de 2023. Além disso, Gutemberg dos Santos, outro cofundador que se declarou culpado de múltiplas acusações, deve receber sua sentença em breve.

Até agora, não há planos ou indícios de que as vítimas receberão seu dinheiro de volta.

 

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