Apple paga R$ 25 milhões por direitos de livro sobre Bankman-Fried da FTX
Apple paga R$ 25 milhões por direitos de livro sobre Bankman-Fried da FTX
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Apple paga R$ 25 milhões por direitos de livro sobre Bankman-Fried da FTX

A Apple, empresa mais valiosa do mundo, supostamente garantiu os direitos de um livro livro sobre o fundador da FTX, Sam Bankman-Fried (SBF). De acordo com uma fonte, a obra terá como foco o próprio SBF e contará a história do ex-bilionário responsável pelo colapso da FTX.

O livro terá um resumo da ascensão de SBF como fundador do Grupo FTX, bem com sua queda, prisão e extradição. Dada a repercussão que o colapso da exchange teve no mercado, a obra provavelmente deve gerar muitos documentários, incluindo curtas séries de TV.

Com previsão de lançamento para 3 de outubro, a obra se chamará Going Infinite: The Rise and Fall of a New Tycoon. Seu autor é o famoso escritor Michael Lewis, que também foi o responsável pelo livro The Big Short, que inspirou o filme “A Grande Aposta”.

Disputa de direitos

Embora muitos ex-executivos da FTX e da Alameda tenham optado por se declarar culpados das acusações de que sabiam o que estavam fazendo ao enganar usuários e investidores, o próprio SBF se recusou a admitir sua culpa. Ele chegou a cumprir prisão domiciliar, mas agora está aguardando julgamento na prisão. Sua primeira audiência deve ocorrer em 3 de outubro.

Provavelmente, não é uma coincidência, mas essa data também verá o lançamento do livro de Michael Lewis. Mas antes de chegar nas livrarias, os direitos de autoria do livro atraíram um interesse enorme que levou a uma guerra de ofertas. No final, porém, a Apple saiu vencedora, garantindo os direitos por US$ 5 milhões, ou cerca de R$ 25 milhões na cotação.

De acordo com o portal The Ankler, que noticiou a suposta compra, o valor pago por um livro inédito é “sem precedentes”. Por exemplo, os direitos de adaptação dos quatro primeiros livros da série Harry Potter foram comprados por US$ 2 milhões. Ou seja, menos da metade do valor pago pelo livro sobre SBF da FTX. A obra fica atrás somente dos US$ 6 milhões pagos pelo livro O Código Da Vinci, de Dan Brown.

Com os direitos em mãos, a empresa da maçã poderá realizar adaptações em formato de filme, série ou documentário a respeito da obra.

Memórias da prisão

O livro se concentrará em um ano da vida de SBF e descreverá, como o título sugere, sua ascensão, queda, prisão e extradição. O ex-chefe da FTX foi preso nas Bahamas, onde residia junto com a maioria dos outros executivos da FTX Alameda, e foi transferido para os EUA logo depois.

Depois da prisão, SBF pagou uma fiança de US$ 250 milhões e viveu na casa dos pais por meses, sob prisão domiciliar. No entanto, o executivo da FTX supostamente violou o acordo ao tentar interferir com testemunhas em seu caso, incluindo sua ex-namorada Caroline Ellison. Com isso, a justiça determinou sua prisão até a data do julgamento.

O centro de detenção onde SBF está foi descrito como um dos piores dos EUA. A cadeia tem capacidade para 1.000 pessoas, mas abriga 1.600 atualmente. Os advogados de SBF relataram as condições desumanas e que seu cliente estaria comendo pão e sal para sobreviver, mas o tribunal não revogou a prisão.

Sobre a FTX

O colapso da FTX foi inegavelmente a maior notícia no segundo semestre de 2022 na indústria de criptomoedas, talvez até nas finanças. Até novembro daquele ano, SBF costumava ser o menino de ouro das criptomoedas, atuando como garoto-propaganda de várias campanhas.

Somente no ano passado, a FTX investiu pesado em marketing e parcerias de peso. A empresa comprou naming rights de estádios, fechou parcerias com grandes estrelas e entrou no meio político. De fato, SBF foi um dos maiores doadores de campanha para políticos nos Estados Unidos.

Contudo, a FTX ruiu e, em poucos dias, causou perdas bilionárias aos investidores. A empresa sofreu com a queda do mercado, mas também enfrentou problemas de má gestão e até acusações de fraude.

 
 

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