O mundo financeiro testemunha o interesse de gigantes como BlackRock, Fidelity e Invesco em ETFs spot de Bitcoin, pavimentando o caminho para um setor estimado em 100.000 bilhões de dólares, conforme analisado pela Bloomberg Intelligence.
O impulso dos ETFs nos EUA representa uma possível redenção para os entusiastas das criptomoedas após a experiência negativa com a queda da exchange FTX, segundo a Bloomberg.
Contudo, persistem algumas incertezas entre os investidores, apesar da recente recuperação do BTC, o que tem moderado o interesse em ativos cripto em comparação com dias de euforia especulativa.
A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) pode em breve dar luz verde aos ETFs, possivelmente até meados de janeiro, após adiar recentemente decisões sobre pedidos de empresas como Global X e Franklin Templeton.
O interesse nos ETFs estimulou consultas a especialistas. A Galaxy Digital Holdings, associada à Invesco, conduziu sessões para aproximadamente 300 profissionais de investimento sobre a alocação em Bitcoin em antecipação à estreia de um ETF, informou a Bloomberg.
ETF de Bitcoin
Jeff Janson, consultor da Summit Wealth, prevê um aumento de interesse institucional após a aprovação dos ETFs, atraindo tanto investidores jovens quanto mais experientes.
A expectativa otimista sobre os ETFs spot surge pela limitação atual dos investidores institucionais a ETFs baseados em futuros, acarretando desvantagens como custos adicionais. Para investir diretamente em BTC, as pessoas precisam recorrer a plataformas como Coinbase ou Robinhood, afastando gestores de fundos do controle sobre os investimentos.
Para Chuck Cumello, presidente da Essex Financial Services, um ETF seria um marco, oferecendo simplicidade e facilidade nas transações.
Os tickers de ETF, códigos de mercado de ações, desempenham um papel crucial. Segundo Eric Balchunas, analista de ETF, a natureza dos tickers reflete o público-alvo. Tickers mais chamativos visam investidores jovens de varejo, enquanto outros miram consultores financeiros e investidores mais maduros.
Um ETF normalizaria uma classe de ativos desacreditada para alguns, proporcionando transparência e liquidez em conformidade com regulamentações da SEC. Isso pode desencadear novas operações e transações de derivativos, preparando o cenário para o dinheiro de Wall Street, conforme destacado no relatório da Bloomberg.
- Leia também: Bitcoin atingirá US$ 150 mil em 2025, diz Bernstein
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