Em meio ao crescimento do valor do Bitcoin (BTC) ao longo deste ano, o investimento do governo de El Salvador nessa criptomoeda teve aumento de valor, gerando lucros significativos.
Com estimativas apontando para a recuperação total do investimento desde 2021 e a possibilidade de mais de US$ 7 milhões em lucro caso vendidos hoje, indaga-se: Por que El Salvador opta por não vender seus Bitcoins?
Em uma transmissão audiovisual liderada por Nayib Bukele, a administração salvadorenha esclareceu os motivos por trás da decisão de manter suas participações em Bitcoin.
A estratégia é claramente delineada como um investimento de longo prazo, especialmente em face de um futuro econômico incerto marcado pela inflação, desvalorização e políticas de emissão de moeda sem lastro ou limites.
“Nosso interesse não é simplesmente vender o Bitcoin por um preço mais elevado, mas assegurar uma reserva diante de um panorama econômico global instável”, destacou o governo em seu vídeo.
El Salvador ‘mão de ferro’ com Bitcoin
A administração, liderada por Claudia Rodríguez na ausência temporária de Bukele, enfatizou que a tendência ascendente do preço do Bitcoin se alinha à sua estratégia, transcendendo a mera busca por lucro comercial.
O governo também apresentou quatro considerações-chave sobre seu investimento em Bitcoin. Primeiramente, após adotar o BTC, El Salvador experimentou ganhos adicionais, como o aumento do turismo, investimentos estrangeiros e a criação de empregos, impulsionando as economias locais.
Além disso, milhões de salvadorenhos já utilizaram o Bitcoin, e embora a adoção ainda esteja em estágio inicial, uma parcela não bancarizada da população agora tem acesso a serviços bancários.
O governo apontou que milhares de salvadorenhos economizaram milhões em taxas ao enviar remessas utilizando Bitcoin, apesar das estimativas do banco central indicarem uma queda no uso, embora com um crescimento notável desde 2021.
Outro ponto ressaltado foi o aumento do valor das participações do Estado em Bitcoin, superando o valor inicial de aquisição em US$ 7 milhões, e a quarta consideração referiu-se à mineração de Bitcoin a partir do excedente de energia geotérmica produzida pelos vulcões locais.
No entanto, analistas alertam para a possibilidade de revogação da lei do Bitcoin caso outro candidato vença as eleições de 2024, o que poderia resultar na liquidação das participações em BTC.
Ainda assim, a administração expressou sua intenção de manter a política bitcoiner em um eventual segundo mandato de Nayib Bukele.
- Leia também: El Salvador emitirá Bitcoin Bonds no início de 2024
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