A Fidelity Investments, uma das maiores gestoras do mundo, que possui US$ 37 bilhões em 58 ETFs, enviou novamente seu pedido para criar um fundo negociado em bolsa de Bitcoin (BTC) à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC). Não se trata de um cancelamento, mas a empresa decidiu revisar algumas regras do ETF.
O Wise Origin Bitcoin Trust está com uma proposta que visa atender às preocupações levantadas anteriormente pelo regulador ao rejeitar outros pedidos de ETFs. Dessa forma, a gestora busca aparar qualquer aresta que possa impedir a aprovação de seu ETF.
Desde que a gigante BlackRock entrou com seu pedido de um ETF de BTC, várias gestoras concorrentes também lançaram seus pedidos. A expectativa do mercado é que a SEC comece a aprovar os ETFs no começo de janeiro de 2024.
Novas permissões e garantias da Fidelity
A aprovação de um ETF de Bitcoin permitiria aos investidores comprar e vender facilmente ações de um fundo que espelhasse o preço do Bitcoin. Eles não precisariam possuir ou guardar a criptomoeda sob sua custódia. Esta solução conveniente oferece aos investidores institucionais um meio de exposição ao Bitcoin mais seguro e com mais liquidez.
A decisão da Fidelity sublinha a sua crença na sustentabilidade a longo prazo e na expansão dos criptoativos, disse a gestora. Além disso, ela responde à crescente procura de clientes que procuram opções de investimento diversificadas e inovadoras.
De acordo com Abigail Johnson, CEO da Fidelity Investments, o ETF de BTC pretende melhorar a acessibilidade para os investidores, tornando os criptoativos, como o Bitcoin, mais disponíveis. Só que a gestora precisou fazer as alterações para não correr risco de ver a SEC rejeitar seu pedido de ETF.
No entanto, a SEC tem relutado em aprovar quaisquer ETFs de Bitcoin devido a preocupações relacionadas à manipulação de mercado, fraude, custódia e proteção ao investidor. De fato, a SEC rejeitou todos os pedidos feitos desde 2013 e a gestora Grayscale chegou a processar a agência por não concordar com as suas razões.
Gestoras como VanEck e Valkyrie enfrentaram rejeição da SEC recentemente. Mas o mercado ficou animado com a entrada da BlackRock, gestora que teve 573 ETFs aprovados pela SEC contra apenas uma rejeição. Por outro lado, a entrada da Fidelity aumentou a pressão sobre a SEC para dar chance aos grandes investidores.
No entanto, a proposta de ETF Bitcoin da Fidelity tem potencial para aprovação da SEC, pois assim como a BlackRock, a gestora possui uma forte reputação e amplos recursos. A proposta do ETF da Fidelity atualizada atende às preocupações da SEC, oferecendo maior transparência, liquidez e segurança para os investidores.
Impacto da atualização
A comunidade e os investidores de BTC aguardam ansiosamente o resultado da atualização do ETF da Fidelity. Sua aprovação poderia potencialmente atrair investidores institucionais e impulsionar uma adoção generalizada, resultando num aumento da procura e dos preços do Bitcoin e de outras criptomoedas.
Por outro lado, uma eventual rejeição pode sufocar o entusiasmo dos investidores em criptomoedas, levando a um declínio na demanda e nos preços. Mas os grandes analistas estão confiantes de que a SEC deve aprovar pelo menos alguns dos pedidos de ETFs.
Recentemente, saiu uma notícia de que a SEC teria aprovado o ETF iShares Spot BTC da BlackRock em 16 de outubro. No entanto, o rumor se revelou falso, prejudicando bastante o mercado. Este evento resultou na liquidação de mais de US$ 1 bilhão em contratos em aberto.
Quem apostava na queda do BTC perdeu aproximadamente US$ 150 milhões em posições vendidas liquidadas. Isso aconteceu depois que o preço da criptomoeda se valorizou quase 10% devido ao falso rumor.
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